Onde andas?

Data 07/03/2007 14:43:31 | Tópico: Acrósticos




Pressagio-te,
desconfiado da tua ausência;
diviso nas ombreiras
das janelas viradas a Norte,
teu vulto sibilino
escapando.
Há em cada reflexo,
em cada simples e pequeno
facto – a tua falta.
Não te sei dizer,
como se meus braços e língua
fossem cortados,
e cada músculo se obstasse
a dizer-te,
e eu nada mais fosse
nada mais ousasse.
Indago teu nome,
de longe
na poeira desta estrada
que jamais acaba;
dou por ti à minha beira,
num momento pensando,
outro passando,
uma palavra a nascer,
um poema que cresce
e se finda,
contigo, Poesia
amiga do meu caminho.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=4500