ALMA DOENTE

Data 20/07/2008 20:21:26 | Tópico: Sonetos

Ouvi do meu retrato, confusa confissão,
De que meus olhos já estavam gastos...
E minhas veias...esquecidas nos pastos
Das colinas serenas da afeição.

Não invejo a cor das almas alheias...
Nem tampouco, o brilho das estrelas
Invejo apenas o instante, que sem vê-las
Perdi-me de mim, no deserto sem areia...

Hoje, mansa, pela frieza que me habita
Quero abraçar os mundos distantes
Perambulando com a alma andarilha

Vou tratando de curar minhas feridas
Desta alma doente que foi vibrante...
E hoje seca dia a dia sem guarida!

(Ledalge, ALMA DOENTE)



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