
Aqui
Data 07/03/2007 18:41:41 | Tópico: Poemas -> Amor
| Rio me por fora no vestido Por dentro na covinha da gengiva O teu olhar faz me cócegas Na bainha do meu vestido E arrepios na sola do meu sapato Sinto as tuas mãos brincarem nos meus sonhos Os meus olhos seguem te os pensamentos Tens o mar por todo o teu mundo Eu a terra húmida em cada pedacinho de pele Quando me abraças, sinto na cabeça um caleidoscópio tonto E que me deixa a respiração zonza e o chão treme Quando me ouves, sei que sentes, uma caixinha de música no bolso A tremer e te solta uma vontade gigante de cantar Um beijo, dois, três,…, cem – a conta se me perdeu Ao sentir te morno, Não sei se nas pernas, no pescoço, Ou no teu sexo que se empina só para que o admire Já sei! Foram mil, com intervalo aberto de mais infinito Não vás. Fica para que eu os posso contar Para ter a certeza que não deixei de contar nem um só que fosse Não me digas que gostavas de ficar, de estar, de aparecer Aparece, fica, está Aqui neste intervalo entre a minha covinha do queixo e eu Quando cá chegares tenho chá e biscoitos Um vestido risonho E uma convinha acentuada na gengiva
Marisa Miosótis
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