OLHOS VIDRADOS

Data 22/07/2008 22:01:35 | Tópico: Sonetos

A saudade tombou em noite fria!
Como aquela brisa, que gélida me queimava.
Senti no azul do céu, um astro polar que via,
Meu peito aberto, minha alma sem palavras!

E tímida, caminhava sem ver caminhos...
Como que já morta, em pobre cava.
Como que da vida, derrubasse o ninho
E não nascesse mais sem essas marcas.

Se existe ainda algo dentro de mim? Pouco sei...
Já não colho lírios , se nem amor eu dei;
Já enxergo o mundo com os olhos vidrados!

Esse é o preço quando se ama loucamente!
Uma gigante cratera num peito ausente,
Um rio de lágrimas nos meus retratos!

(Ledalge, OLHOS VIDRADOS)


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