
No interstício do fim
Data 23/07/2008 02:09:45 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| De olhos cerrados e gestos lentos Corre os finos dedos pelo cabelo grisalho Um fio solto... Desconectado. Fora do contexto exasperante. Foi desistida da vida, Sendo por ela, mastigada e cuspida. Abre os olhos dormentes, Perambula o olhar pelo ambiente. Uma rachadura na parede Um quadro desbotado Tudo tão parado! Não olha a janela aberta O balanço das árvores é avesso à cena. Não espera mais nada agora. Nesse interstício de vida e morte, Queria partir guiada por um anjo, Apertando os olhos violados pela luz E sorrindo... isso seria um belo arranjo. Como uma menina delicada e risonha Ao menos aos seus olhos Ao menos ao seu toque E assim renascer outra vez.
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