A TODOS

Data 24/07/2008 12:08:14 | Tópico: Poemas

Fala-se depressa
Por um rio que aí vai desembocar,
Por um desejo que não cessa
De o poder assassinar.

Uma camada que nos protegia
De uma morte certa…
De Ozono se dizia!
Agora, completamente aberta.

Fala-se depressa
De uma certa ambição
Do Homem de vontade escassa,
Do Pai de uma nação.

A Bomba que rebentou
Bem na nossa frente,
Junto à vida que aí acabou
Por haver gente diferente.

Fala-se depressa
Da fome que se quer acabada.
Pensa-se lentamente no dia que passa
E no gume da faca afiada.

Doenças que nos aparecem,
Cancros das sociedades
E dos mundos que delas padecem.
Findam as solidariedades.

NÃO FALEM TÃO DEPRESSA…
Chorem, lamentem-se e não tapem os olhos
Lembrem-se do passado que o futuro tem pressa
Esqueçam os vossos orgulhos.


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