
Revolta de um Mal-amado e um Mal-entendido, Agosto de 2006.
Data 08/03/2007 14:44:57 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Foda-se o Amor. Fodam-se os Amantes em praças, shopping, automóvel. Foda-se o compreensível, e o incompreensível. Foda-se o bem-amado. Foda-se o mal-amado. Foda-se o belo, e o feio. Foda-se o natural, e o desnaturado. Fodam-se os fatos e as causas. O Mundo, buraco saturado De ratos, mentira, crime, culpa: armados. Fodam-se, porém, calados Os entendidos e os mal-entendidos. Fodam-se os "eus" líricos abruptamente corrossivos. Desculpem meu indesculpavelmente delírio e abnegação. Eu, que tantas vezes respondivelmente não tenho paciência Para tomar consciência de mim mesmo. Eu, que transito neste indesculpavelmente parasitário De idéias, eu tantas vezes indiscutivelmente vaso quebrado. Eu que tantas vezes me sufoco. Eu, que tantas vezes tenho sido grotesco, subtraído, Absorto, submisso e impotente à vida.
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