*O GRITO DA POESIA*

Data 28/07/2008 20:41:35 | Tópico: Sonetos

<p align="center">

<font color="#006600">*O Grito da Poesia*
I
Sou relegada ao vil ostracismo
Sem vez nem voz sou sucumbida
Na história da arte vejo abismo
Desde os trovadores ao modernismo

Meu estilo em cada época especial
Barroco, Arcadismo, Modernismo,
Realismo, Naturalismo sou real
Do Parnasianismo ou Simbolismo

Chego ao super Modernismo afinal
No gênero lírico, dramático ou épico
Sou arte navegando sem grito, igual
A visão delimitada sou um estépico

Sob as trevas na procura da luz
Abro a janela, uma fresta conduz
II
Abro a janela, uma fresta conduz
Que musicada faço até milionários
Cavalgo sobre a égide do arcabuz
A mídia faz de mim templo sacrário

Sou a última na linhagem das artes
A prima pobre com vestido de chitão
Sem o salto elegante dos baluartes
Que galgam o apogeu canta o refrão

Faço da palavra à rima da emoção
Na literatura o alimento dos poetas
Navego sem nau porto ou alocação
Deixo as cascas refaço novas metas

Nunca morrerei a palavra é refúgio
Sou amor, registro, nuca serei efúgio

Sogueira<center></font>


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=45962