
ESPELHOS D'ALMA
Data 09/03/2007 13:10:00 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| ESPELHOS D'ALMA Por: Davys Sousa.
Não vi uma criança Diante de meus olhos fixos.
Naquele espelho, Vi apenas um homem, Figura desfigurada Do que fui - Ente de minha euforia Baseado nas minhas Insônias a cama madrigal.
Ao espelho, a alma, não vejo Refletida aos ângulos certos De minha eloqüência absurda, Entregando-se a figuras E pensamentos imaginários. Sou eu! Um homem abstrato, Fato antes de minha novicidade, Carrego uma folha Como quem vai retratar algo, Uma figura irreal de uma realidade, Certamente, ideal, perfeita, Próspera pauta de um livro Arrancada a migalhas em pó Na sala, fina folha de orvalho, E ébrio desamante do que Ainda persiste em existir.
Homem menino, Sonhador Dom Quixote,... Assim, eu sou.
Inútil por em fim, A concreta construção que retém] Toda a existente figura, Do homem errante, rangente, Que ora poliniza as boninas Ora as silencia, agredi, incomoda e degola - Simples traço humano Inclinado.
Ó, poema psicopata, Retira-me toda tua essência, Devolva-me toda tua conquista, Parta teu pão Como Palha!
Ó, poema fatigado Retraia teu canto, Que não precisa ser testado!
Ó, poema sujo, Que imunda as chacinas Da cidade, ria do homem Que se perdeu!
Homem fanático, Psicodélico, calado! Sou eu assim. No espelho da alma Da minha paciente espera [ainda vive a criança Atordoada, silenciada Como as coleções de selos.
MEDO Por: Davys Sousa.
O medo é um homem sério Com sua velha costume-taça, Tem olhos e ouvidos Desde a infância cegos e surdos [sem amor]! [sem desejo]! Sob a armadura. Não é mais um homem... No universo do sério. Tudo para ele é ameaça Produto Desfavorável ao Mundo Infantil.
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