
Maria tão cheia de casta
Data 30/07/2008 21:15:22 | Tópico: Textos
| Fiz as pazes comigo, se bem que já não sejamos da mesma casta. Foi algures numa pública praça, onde nada conta a não ser as castas, que um dia fiz as pazes comigo. Sentada num antigo banco, onde eu e eu costumavamos sentar, porque eramos da mesma casta, se bem que o banco não. Nesse dia, lembro-me bem, não fui comigo e sentei-me com uma cortesã, que não era da mesma casta e quem passava desprezava-a por causa da sua casta, alguns sorriam para mim, se bem que não fossem da minha casta, nem eu da casta deles e chegavamos a misturar as castas. Eu, a cortesã e eles, só faltou o eu , que já por ser de outra casta, não apareceu. Quando quis fazer as pazes comigo, plantei outra casta para melhor casta colher, mas sucedeu que a plantei de mais negro, porque sou da casta dos que não plantam: Minha casta provinha dos grão de pimenta negra, que se espalham pelo chão e fazem secar as castas. Bebi então um copo de vinho, também ele de outra casta, com a cortesã , que não era da mesma casta. E fiz as pazes comigo, se bem que já não sejamos da mesma casta, fui embora sózinha tão cheia de castas.
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