
Calmaria antes da tempestade
Data 09/03/2007 18:00:00 | Tópico: Poemas
| No despertar duma nova alma Renascida livremente do centro do universo Tudo permanece turvo Sóbrio e desconhecido à mente Sem experiência,sem cicatrizes emocionais Nada que lhe explique o que lhe é mostrado diante dos seus inocentes olhos Sem nunca ter provado deceção e carinho Hipoteticamente cercada Por inocência e falsas crenças Que irreal que é Quando é calmaria antes da tempestade Que a vida irá ser
Não lhe consigo descrever como sentir Não lhe consigo descrever como tocar Mas consigo-lhe descrever quando se tenta Acarinhar uma existência E eu permaneço não amado e esquecido Pois tudo se deriva para longe,e bem longe Da complexidade básica logística da inteligência Falhei,e a penalidade é choros interiores, Sobre choros silenciosos Lágrimas solenes escorrendo interiormente Como uma hemorragia interna fatal As razões estão em branco E o coração em pedra fria Sem sentido de emoção Tirada por vagas ilusões da percepção
Novos seres que nascem Irão ver, sentir, o que já transcrevi É um caminho ardúo que desconhecem Irremediavelmente, tento recuperar Meu coração incapacitado Esquecido, a apodrecer numa negra imundice De desespero e mágoa Mas, para meu infortúnio, continua enterrado Cada vez mais fundo De um abismo tenebroso Parece-me hilariante Como um sonho em pleno vôo A vida se torna Tirada e quebrada A espalhar uma nuvem sombria Onde nunca a estrela da vida brilha Consigo descrever como sofrer Consigo descrever como viver em lamento Mas nunca saberei descrever Como a alma é apunhalada E assim permaneço. Sem ajuda e duvidoso Não amado e esquecido Nas fissuras ignoradas do destino...
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