INFILTRAÇÃO

Data 07/08/2008 15:22:46 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Sinto a minha alma molhada,
Empapada.
Acho que o meu coração cedeu,
Rompeu...
E uma infiltração difusa
Escorre por fenda obtusa.
Será chuva?

O meu coração é um charco,
Um barco
Sem fundo e sem vela,
Aguarela
Sem cor e sem vida,
Mera força amolecida...
Naufrago?

A minha alma apodrece,
Esvaece.
Do coração trespassa,
Perpassa,
A humidade que mina
O alicerces da ruína...
Será só orvalho?

O meu coração goteja,
Mareja,
Molha a minha alma frágil,
Intáctil.
E rios de cristal fluído
Aquecem-me o olhar perdido...
...São lágrimas!





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=47337