*QUANDO OS OLHOS SECAM*

Data 12/08/2008 22:37:46 | Tópico: Duetos

<p align="center">

<font color="#006600">*Quando os Olhos Secam*

A alma silencia, lágrima e refúgio
Dialogam, cochicham sem ruído
O encanto adormece, em transfúgio
Deita sob a laje o rosto fragoído

O olhar distancia-se sombreado
Qual um vulto da noite sem luz
Vagueia num minúsculo agastado
Do pensamento espada templo cruz

Onde encontrar a secreção aquosa
Que na face é campo de glória riso
Nos aplausos, na colheita da prosa
Na saudade é telegrama de aviso

A emoção da lágrima é companheira
Dá-me teu poço, o rio, a cachoeira</font>

<font color="#933300">Buscando algum refúgio nos teus braços
Depois de ter sofrido a decepção
Saudade não estica mais os laços
Sou teu e vivo imerso em tal paixão.

Os erros que eu cometo, sei que crassos,
E neles encontrei desilusão.
Seguindo com firmeza assim, teus passos
Verei ao fim da tarde este clarão

Que diz do plenilúnio que me trazes,
A lua deste amor jamais tem fases
E brilha mesmo em tempo mais nublado.

Permita que eu prossiga num ponteio,
Seguindo este caminho que eu anseio,
Cantando o tempo inteiro do teu lado...

SOGUEIRA
MARCOS LOURES<center></font>




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=48008