ATOS DE AMOR

Data 12/08/2008 23:24:05 | Tópico: Sonetos



Na inconstância das horas, em que vagueio,
Pelo suave encontro, na pernoite exaustiva...
Somos eu e você, refletindo no espelho
Nuvens, em céu d'espuma na penumbra vazia.

Sem o tato, um mentor dos profanos desejos,
Somos vagos tormentos pela vida sem guia,
Matizando o corpo, na hora do beijo,
Batizando o ímpeto com a Mãe Poesia...

Somos atos, que se castram sem sentido,
Carinhos que ocultamos, como a lua,
Mas, mesmo que o delírio indelicado...

Vá romper em nós o ébrio fardo,
Àquele, que me faz cativa e sua...
Sem o teu amor saciando meu ouvido!

(Ledalge, ATOS DE AMOR)




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=48016