Bole

Data 13/08/2008 09:47:43 | Tópico: Poemas


O grão do pólen da magnólia
Bole com a minha vida
E bole a tampa da ferida
O custo da cristaleira
Bole o fio da aranha
Com a rapidez do coiote
Que bole o rio e a sua beira
Tudo bole na domingueira
A cadência da mulata
Bole o susto da estrangeira
Bole-se de vez a natureza
Aquecendo na geleira
Porque o homem bole em tudo
Na terra, na mata e pedreira
E não cai um só cabelo
Que não bole um entrevero
Entre o céu e um pandeiro...


Nina Araújo


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