Aquilo que não pude encontrar

Data 13/03/2007 00:20:00 | Tópico: Sonetos

Quer seja pelas falas, no calar que me enterras
És muito querena, teu baloiçar me inquieta
Por hora então torturosa, teu falar me negas
Cuja fala vem por qualquer dita frase incerta

Adormeço entre teus seios, finjo ao redor não ver
Aguardo-te num sussurro brando, para me despertar
Mas cá, aconchegado, percebes e nada queres dizer
Pois seria pecado a ti o meu rogado sonho malograr

Oiço, um soluço, que me é perene do prantear
Olhos serrados, dou-te em pressa para dizer-me
Logo engoles depressa, o abrolho para me o negar

Então faz-se consolo o teu sofrimento que se dá
E pedi num olhar para de ti não esquecer-me
Dar-se dia, oiço choro, amor eu vi, de ti não há.





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