SONETO AO SONETO

Data 16/08/2008 16:36:07 | Tópico: Sonetos

De que me vale prisão sem volta,
De ancorada face, bela, aventureira,
De onde os sonhos em revolta devotas,
Mantos de honra se espalham verdadeiras!...

E na freqüente honraria que vicia,
Na beldade de versos ritmados,
E na prisão em algemas ferinas,
Nos pulsos dos poetas cansados!...

Solidão a aportar em rimas solenes,
Em pétalas de sonhos, em críticos dias,
Regalo em anos-luz de alegrias!

Não serei cativa de versos amargos,
Mas, serei amante de versos malditos,
Se das prisões, sonetos libertados!


(Ledalge, SONETO AO SONETO)


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