Derradeiro entardecer
Data 17/08/2008 01:41:51 | Tópico: Poemas
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Oiço os ecos do silêncio Na noite porque desdenho a luz E na tropelia da tristura Vestes negras numa triste brandura Que me seduz e reduz Existe um bosque sombrio impávido Pelos como eu adorado. No meu derradeiro olhar Sinto a palidez a desbotar Entrego-me ao crepusculo rendida Com imagens trémulas Revejo uma vida perdida Viagem degradante Que assim desaparece num instante Os sonhos murcham desvalidos Já sem força para medonhos gemidos. Temerosa luz que me cega E aos corvos me entrega. Os olhos desencantados Cabelos sequiosos e mirrados Faminta vontade de partir Para novamente das cinzas ressurgir O pragal frio fugiu Na lapide ler-se-á: Aqui jaz quem outrora nao existiu...
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