Desventura

Data 22/08/2008 16:11:51 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Perdi a conta às vezes que escorreguei
Já não sei também em vórtices de tempo
Quantas vezes desenraizada me levantei
É um ritual mecânico
Como um robot que se auto constrói
A cada batalha sangrenta
Faltam peças aqui e ali e dói
Mas rapidamente se consertam
Como se houvesse realmente
Um deus das máquinas e laboratórios
Restauram-se os corpos, os metais os fios de ligação
Aperfeiçoam-se programas e softwares
Mas haverá conserto para uma alma humana em agonia?
Haverá algum meio de ligação à alma mãe
Que nos pode dar a paz e a harmonia
Para que tudo funcione em pleno?
Um assimilar constante e tresloucado
Reflexos feitos de intuições
Uma vigia constante
É urgente que se suspendam os vendavais
Que deixem de se ouvir o ribombar dos canhões
Que as mães embarguem as lágrimas vertidas
Em dias sombrios de abandono
É premente o homem não ir em enganos
Cego de ilusão, perdido em sonhos
De gentes parasitas e pensamentos insanos!



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