ESCORRE

Data 22/08/2008 21:28:04 | Tópico: Sonetos

Escorrem destas minhas parcas veias,
Litros de infinita saciedade.
Nas vis, duras, charnecas, tantas teias,
Escorro de paixão pelas saudades...

Vago louca, tão bruta, alucinada,
Sem sequer segurar os meus sentidos...
A paixão já me torna mansa e vaga!
Como a fera que domas sem vestido!

A solidão, que dá adeus ao instinto!
Num misto de mulher, que jaz moldada...
Nas tuas mãos, escorro mansos tintos...

Que saem da minh'alma avermelhada...
Nobre,pelas sedentas, tuas marcas
Que morro de desejo,sonho e vinho!

(Ledalge, ESCORRE)







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=49319