Alfinetadas

Data 27/08/2008 11:32:59 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada

Meu sorriso esconde, em funda gruta,
onde não entra luz de madrugada
minhas pétalas de secas já caíram
minha aura não é mais imaculada

O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas




Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
natural: Setúbal



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