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 O MUNDO PARA TODOSData 30/08/2008 15:57:45 | Tópico: Poemas -> Alegria
 
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 Laivo a laivo, como suave brisa, que
 não ofende a paisagem, miles de cores
 enriquecem, tudo o que nos cerca,
 numa manifestação humilde, da mãe
 natureza, para com seus filhos dilectos.
 
 As árvores tocam o cume das nuvens, e,
 mas em baixo, mas não menos
 insignificante, outra vida se mostra
 propensa, a dar o melhor de si, em suas
 águas bêbedas e cristalinas.
 
 Imensos rios de minha infância, onde
 doira o sol, pela manhã, convidam-nos
 a neles mergulhar, como num rito ancestral,
 onde a história ficou guardada,
 para sempre, em suas margens, de algas
 verdes e ramos retorcidos.
 
 E nesta pedra, onde me sento, mais ao
 Sul, consigo imaginar as naus, partindo
 à descoberta de novos mundos, riqueza
 de nossa multiplicidade.
 
 Argonautas de nosso próprio presente,
 saibamos ser dignos desta vida, semeando
 o fruto bom, para sorriso e ventura,
 de nossas crianças, pintando no papel,
 pontinho por pontinho, um Mundo mais
 belo, a todos por direito.
 
 Tudo é cor e beleza, grato, seja o Mundo!
 as flores e as crianças.
 
 E no meu jardim, apenas reina o amor,
 todo feito de cuidado e maestria, porque
 lá pus, em morada permanente, a figura
 de minha amada.
 
 E quando me deito, só um pensamento
 me ocorre: vale a pena viver, neste Mundo,
 tão colorido e justo.
 
 Por isso eu digo: colhamos seus ensinamentos,
 de milénios e milénios, não dando passos,
 maiores do que as nossas pernas: e sejamos,
 no mínimo, humildes como ele.
 
 Jorge Humberto
 29/08/08
 
 
 
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