THE ARCHITECT OF VORTICES

Data 31/08/2008 12:17:43 | Tópico: Poemas -> Reflexão

THE ARCHITECT OF VORTICES


A estrada que percorremos é um reino de minas de combustão:
É vão ficarmos sob a abóboda opaca do escudo da prospecção,
Porque, amparadas pela plataforma do esquecimento
E da intangibilidade,
Elas sempre demonstram sua ferina assiduidade capciosa:
Ocultando-se em lugares que jamais suporíamos que estão.


Não, se enganam aqueles que pensam
Que as mesmas sejam acionadas
Assim que os pés acabam de palatar o insidioso tapete desgarboso do chão,
Não.
Na verdade, elas são detonadas pelo controle remoto da conveniência
Do sumo sacerdote da despótica sociedade seleta
Das morbidamente metálicas e belicosas serpentes insaciadas:
Sim, com efeito, todas elas eternamente enclausuradas
No sepulcro da indomável sofreguidão
Cuja mão á alma delas empala!


No entanto, o que decerto é certo são que os vulcões expelem magmas:
Mas estes, de que eu falo, não são fluxos piroclásticos:
Aquelas velhas lavas de fogo, que destroem a Flora, a Fauna, Nós: seres humanos,
Não, é muito pelo contrário!
Os magmas destes vulcões
--- apesar de igualmente mortíferos ---
Não devoram tudo:
Porque ao fazê-lo, conservam uma parte mínima do sapiens hominídeo:
Degustando a suculenta maioria desvalida;
E dando ouro aos patológicos devotos do níquel.



Enfim, a estrada que percorremos é um reino de minas de combustão:
Querem que feneçamos calcinada carne podre;
E refloresçamos paraísos cristalinos de Pérola, Esmeralda, Opala, Prata, Rubi,
Estadão]


JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://poesiatropega.spaces.live.com/




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=50528