Sinceramente? Apetece-me beber-me de excessos

Data 03/09/2008 21:55:00 | Tópico: Crónicas

Sempre me fascinou aquela espécie de “super herói”, que vem do seu trabalho, vestido formal, passa pela cabine telefónica e rasga o seu traje. Abrindo o seu peito orgulhosamente, encontra cá fora a genuidade que sempre vestiu. Fiel a si mesmo, aproveita o que vida melhor tem, sem nunca se distanciar dos seus princípio. Assim permanece verdadeiro, intenso e de alguma forma dá sentido ao eterno.
No outro lado, estão as pessoas que deixaram de ser. É certo que os percursos da vida são variáveis e cada um opta por vestir o “look” que melhor se adapta a todas as demonstrações, mas não é menos certo que, quando estas, são confrontadas com a perda da autenticidade dos tempos da juventude, há uma espécie de remorso. Mas longe de aceitarem a penitência, longe de pronunciarem uma desculpa envergonhada injustificável, fazem sentir os “super heróis” como putos que nunca cresceram. Tenho ideia que, estas pessoas num exercício matemático de esquissice e sem qualquer cálculo, encontrou a solução errada. Tempos houve, em que suas mentes corriam cerveja e os cabelos se agitavam ao vento interior.
O julgamento é inevitável, mas num último esforço para aceitar que toda a gente é igual e tem que nutrir os mesmos sentimentos, emoções, excessos suscitados pelas experiencias mais ou menos comuns, aceito as diferenças…
- Mas, “PORRA!. Pode-se mudar de sexo, de religião, de clube, mas…
Quase me apetece dizer:
“Desculpem-me! Que importa é estarmos aqui, mas o (a) puto(a) não cresceu.”
Será assim tão mau não crescer?



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