
Soneto
Data 07/09/2008 00:43:22 | Tópico: Sonetos
| Solidão
Hoje me senti só, solidão bateu no peito Na verdade sou assim, às vezes de mim me ausento Então de nada adianta pessoas neste momento Sozinha ou acompanhada, estou só, não tem jeito.
Em companhias queridas, a tristeza vi chegar Fiquei assim tão alheia, parecia desvalida Quando chega a solidão não tem dia nem lugar Busco então aquietar, esperar curar ferida.
Permito-me pensamentos, sem precisar falar Tento compreender as razões do sofrimento Sempre ao meio tem saudades, memórias e lembranças.
A solidão trás consigo uma sensação sem par De aperto e aflição, dor e desesperança Resta o tempo passar, esse é único alento.
Soneto do amor aprisionado
Olho-te e nos olhos vejo algo de distante São teus pensamentos indo para bem longe de mim Já não és feliz é o que diz teu semblante Pressinto tua partida chega a hora do fim.
Ocorrem-me tantas coisas que não acham conclusão É teu coração partindo ansiando liberdade Reconheço ao te amar roubei-te a felicidade Então como podes amar? Se prendi teu coração.
Hoje sei que o amor é tal qual um passarinho Se preso a alma chora quer desatar os laços O coração entristece transforma rir em lamento.
Se me permitisse o tempo voltar por um só momento Dar-te-ia amor apenas, sem gaiolas ou ninhos De certo não partirias ficarias nos meus braços.
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