OCULTO

Data 10/09/2008 20:18:54 | Tópico: Sonetos

Deita teu olhar nos versos que a vida
Imprimiu esses anos todos calada;
Lança esse olhar pelo espelho, na estrada
Que vai ficando pra trás esquecida.

Quanto de ti não ficou no caminho?
Qual é a roupa que vestes agora?
Nem tão feroz a verdade de outrora,
Nem tão dorida a pontada do espinho

Que negaste tanto em tempos passados;
Que juraste não tocar nem em sonhos,
Mas que se tornou o sentido de tudo.

Segues oculto por trás desse escudo,
Trazes ardentes olhos marejados,
Vais ruminando teus dias tristonhos.


Frederico Salvo.



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