
Decomposto
Data 11/09/2008 02:04:36 | Tópico: Poemas -> Góticos
| Apáticos olhos de corpos ebúrneos arrastando-se na escuridão, Veja como afundam nas órbitas adoecidas brilhando em luz mortiça, Amores perdidos na bruma de novembro Sinos de claustro em confuso clamor espiritual.
Gostaria de partilhar a morte valente das noivas em trajes de luto, Esmagadas sobre o reochedo pós funeral, o fim não salvará nenhum de nós proscritos, Sou eu a lutar contra fantasmas de ebulição tristonha, Carregando manto da desgraça ,clâmide alva, Cabisbaixo e sereno como vento de temporal vindouro.
Não há em minha constituição coragem alguma e pouco me envergonho, Poderia realizar-me isolado devorando a dor diariamente ? Contemplando a solidão eremita Condenado presbítero satânico em últimos dias.
A voz trovejante de um anjo soou junto aos meus ouvidos, Retumbando em esqueléticos presságios, Amor,como gostaria de teu abraço apenas e não posso, Não posso prosseguir com esta representação de vida.
Que sejam cerradas as cortinas de tragédia medonha sem teu divinal carinho, Veja como pendem meus lamentos em lágrimas e veias pálidas de fronte ossuda e saudade.
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