ROUCAS VOZES

Data 11/09/2008 20:20:12 | Tópico: Sonetos

São sineiros esses teus ares lascivos,
Qual tormenta, que se forma em temporal.
Tens o âmbar incutido em teu sinal,
E o orvalho, que regas matutino.

Roucas vozes, que se formam guturais;
Arrepiam os meus poros sem ter pena...
Eu - a presa que sucumbe à tua beira...
Tens na voz, um chamamento pros meus ais!

E soluças quando queres me prender...
Nas redomas dos quartos do prazer;
Que nem sei, se caio desfalecida!

E só sei, que tua voz rouca entontece,
A ponto de, querer ter-me as vestes;
Pra com elas, fazeres mais uma vítima!




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