Crente, friamente.

Data 06/04/2007 22:34:57 | Tópico: Poemas

Sinceramente não consigo.
É forte demais o castigo.
Não estou com vontade de morrer.
Não me vou deixar vencer.

Sempre tive opção.
Mas nunca pedi traição.
As memórias nunca fugirão.
E eu,
Eu nunca mais terei coração.

Pois desta vez não escolho.
Não me recolho.
Nunca vou poder voltar atrás.
Mas posso fugir do futuro.
Incerto, mas seguro.

Eu sei que é duro,
Ter de escolher tão friamente.
Mas não há consolação para a mente.
Não há futuro sem presente.
E é duro viver tão friamente.

Pois então,
Fria seja a questão.
Já não há sangue no meu coração.
Já não há dor,
Já não há remorsos.
Foi o passado meu encosto.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=5274