
... apoplexia lenta
Data 14/09/2008 19:22:40 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| derrama-se na tua mão, ramagem verde d’inocência, desfolha p’lo vento, em apoplexias, golpes sempre violentos de um sol que brilha pálido em teclas occipitais e na corrente sanguínea e fede o medo da fotografia em jornais,
privado do juízo o corpo sequioso da árvore incerta suspende por segundos o movimento rotativo justaposto em nódulos constritos e serosos de seivas afectadas de tardias que estrangulam as veias esconsas por onde vagueias a medo, menino da favela …
derramada em tua alma a impotência de um gesto que se ausenta e nos aparta e nos congrega e não s’ aquieta
apoplexia lenta esta que nos cerca e nos impede de, à luz da água líquida, avançar matando a sede e dar sentido à palavra liberdade …
“só há liberdade a sério quando houver…”
apoplexia, a tua demiurga verdade.
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