SUERREAL

Data 08/04/2007 20:16:08 | Tópico: Sonetos




Neste mundo surrealista, em que vivemos,
E onde a pena, tenta transcrever o que vê,
Somos um todo, e deveras nada sabemos,
Ante tudo o que se nos depara e antevê.

E o povo esconde-se nas esquinas,
Como estátuas irreais e misteriosas,
De um passado distante, entre quinas,
Nas paredes frias, outrora gloriosas.

E largamos ao vento o nosso fado,
Conquanto este esteja deveras maculado,
Pela nossa incongruência e insensatez.

Cabe aqui pois largar o algoz da palavra,
Semear a terra e sua producente lavra,
Contra a infiel e contraproducente placidez.

Jorge Humberto
05/04/07









Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=5346