Na semelhança de sermos gente

Data 26/09/2008 11:27:40 | Tópico: Poemas -> Reflexão



















Imagem retirada da Google


Perdemo-nos no labirinto do tempo
que já não é nosso

Repousamos desalentados
nesse enevoado piso
de sombras fantasmagóricas

Bebemos a brisa orvalhada
que afaga-nos o semblante dorido

Deixamo-nos hipnotizar
insensatamente
pelo luar que nos vigia
carinhosamente

Sucumbimos na noite
coberta de estrelas
e no manto viçoso da planície
adormecemos suavemente
como se quiséssemos
descansar da jornada finda

Ansiamos por um madrugar
repleto de ruídos melódicos
invadindo meigamente
a azafama do quotidiano
como carícias de anjos celestiais
inundando-nos de vindouro prazer

E na nossa mente renascida
agradeçamos à natureza
a rotatividade da vida
em volta de um fulcro probabilístico
de possibilidades infinitas

Em que tu e eu enfim
sorrimos inebriados de nós,
livres e únicos na semelhança
de sermos gente…

Escrito a 25/09/08



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