CRUEL HUMILHAÇÃO

Data 27/09/2008 23:18:17 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Abutres no silêncio da noite
Como espectros lúgubres
Passeiam incólumes
A devorar solitárias almas,
Abandonadas sem lume...
E no desespero atróz
No fio da navalha, o algóz,
degola a vítima a sós,
No sepulcro de suas dores,
Na primavera que não floresce,
No morrer de cada sol
Qu'enegrecido vomita
Os desvarios que o corroíam
Por suas veias tão veloz...
Lavrando o final das contas,
Onde a razão se amedronta,
O princípio é o que menos conta
E dá lugar ao seu túmulo,
Eterna moradia e lar.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=54556