Hoje

Data 10/04/2007 20:28:01 | Tópico: Prosas Poéticas

Hoje, apenas com a palidez da solidão e o cinzento de uns olhos tristes, muito triste, desço ao fundo do meu ser.
Uma vida de mentiras concebidas pelo desejo de ausências, de presenças fugazes, de silêncios prolongados, de gritos perdidos no deserto, ilusões de uma realidade por definir.
Por vezes sinto que perdi a capacidade de dar e receber amor…
Sinto-me perdida entre os caminhos do sonho e da desilusão do que sou. Sinto-me perdida, completamente perdida.
Podemos sorrir, até mesmo rir, mas as agressões que sofremos durante toda a vida, desde a hora em que nascemos, ficam escritas em sangue na nossa alma.
Deixei-te no silêncio e na frieza da distância. Levada pela sede de voar e de conhecer novos horizontes, esqueci-me de ti.
E neste momento embalo-me, chorando as minhas penas sobre ti. Renasce do silêncio um olhar, um singelo olhar nasce de novo…
Continuas a ter medo do escuro. Ainda não conheceste as cores do mundo?
Novas descobertas, novos desafios vão surgindo… Cada uma tem um raio de luz que pinta as cores do mundo. Recolhe as tuas cores desbotadas e pinta o mundo, com um sorriso cheio de luz e serenidade.



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