NOS OLHOS DO OLHAR

Data 07/10/2008 20:33:29 | Tópico: Poemas -> Tristeza

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NOS OLHOS DO OLHAR


Olhos, sementes do destino e das heresias
Percorrem as profundezas do corpo cego
Semeiam visões como alegorias sombrias

São sementes do prazer esquecido e oco
Enterrados num jardim batido pela tempestade
Semeados à deriva num ego vazio e louco

À noite, morrem, nada vêm, nada sentem
Embrenhados num coma adormecem aos poucos
Perdendo vida, perecem surdos, moucos

Nos olhos do olhar vê-se o destino a alma
Nos olhos da vida vê-se o corpo cego
Nos olhos Perdidos, perde-se o tino a calma

Da fonte do corpo brotam as lágrimas de cristal
Perdendo-se no abismo, caindo simplesmente
Sendo da mais pura água, transformando-se em sal

Não vêm o sol, a lua nem as minhas mãos
Não vêm nada nesta escuridão fechada
Não vêm o sussurro do vento nem o sabor da paixão
Olhos que não vêm nada nem a mais pura emoção.


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