finitude

Data 10/10/2008 15:16:51 | Tópico: Poemas

tecias (in)finitos em tuas mãos
mas as redes estavam rotas e,para as concertar,
apenas agulhas quebradas;

sulcavas o mar sem fim,
e das velas vermelhas de teu barco
apenas sobravam fímbrias esfarrapadas p’lo vento.

como flores,
buscavas ‘inda cítaras em teus pulsos
mas o sangue há muito estava parado, coagulado
em sombras que bordavam a ponto grilhão
os atalhos rotos dos teus caminhos.

caminhavas, contudo, de braço dado com o nada.



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