sacro qualquer coisa

Data 11/10/2008 21:50:20 | Tópico: Textos

Batas verdes sorriem pela infantilidade, levando os leitos com rodas pelo corredor, para um caminho de estrelas forçado.
O sono chegou e o bisturi entra em acção fazendo sulcos tenebrosos na pele de um poema parido há cerca de dezasseis anos.
Batas brancas ficam em pé atentas, os olhos seguram um pedaço da cobertura, limpando sarjetas de pedaços inoportunos, deixados pelo tempo em crescimento.
O sangue jorra com a macieza do bisturi, como dói... Lá fora os corredores brincam ao pé coxinho, de lá para cá, atentos a mudanças de tempo.
Lágrimas teimam em passear ao som cortante do pensamento, apesar dos risos das lanternas vermelhas.
Já acordou do sono forçado, não sinto fome mas o almoço chega.



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