MEU POBRE RIO TEJO

Data 12/04/2007 20:09:52 | Tópico: Sonetos




O rio, que da janela eu vejo, não tem igual,
É o rio do meu país, que corre feito animal,
Enfrentando monstros e outras assimetrias,
Transformando dias em noites e noites em dias.

Os pescadores às suas águas lançam malhas,
Procurando o peixe fugidio, hoje só migalhas
De tempos idos, em que a comida abundava,
Assim que os barcos o ditoso peixe enfrentava.

Daqui partiram as Naus para Terras fecundas,
Em busca de especiarias e cristianização,
Oh, rio, quanto das tuas águas são infecundas!

Por nos perdermos e à nossa mui nobre história,
Ó rio Tejo, vitória de outrora, por tua assunção,
Ficou-nos só a desdita de tua pouca glória.

Jorge Humberto
06/04/07


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=5643