[DEFINHANDO]

Data 13/10/2008 16:31:35 | Tópico: Acrósticos

Oh... – que mulher é essa,
Que se senta ao meu lado?
Que me fala e eu ouço calado,
Em sua fala mansa dispersa.

Oh... – que mulher é essa,
Que me vem da lúdica Micena?
E em silencio, calada, encena,
O reverso da vida, a vida reversa.

Será de Atenas; ou será a Milena?
Será de Tróia a lendária Helena?
E... – isto, lamento – não sei!

Será a Ione da enigmática pompéia?
Ou será a patrícia, a nobre ou a plebéia?
Sei lá... – o que sei... – eu me dei!


II

Não obstante, por que a ovação se não sou decano?
A não ser da dor que em meu peito se inflama,
E insana, a alma, inerte, derrama,
A teus pés em fiel e justo reclamo.

O reclamo que atinge a mulher feita jóia,
A jóia que exala o perfume da flor,
A jóia que brilha em tom multicor,
E outra não é senão a Helena de Tróia.

E eu que sinto; minha alma definha,
Sabendo que sou uma pomba que caminha,
Sem amor, sem Deus e sem paz!

E a culpa é tua querida,
Contigo deixei a minha vida,
Em troca dos singelos beijos teus!






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=56652