Penitência

Data 15/10/2008 14:59:57 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Deixo a alma pousada
na vastidão do silêncio,
calada...
que a prumo neva
entre as vísceras,
tragando o sangue
e o desassossego.

... noutras ausências
morrem ventos!

Semidespido o sonho esvoaça,
vive arrepios de luz e breu quente
e todo o corpo grita
em uníssonas fragilidades minhas
na plena força do sonhador.

E estou preso ao chão,
como Cristo à cruz, penitência
enquanto as memórias lácteas
são o meu rosário...
dolorido,
vou amando a vida que magoa
com as dores que a vida dá!


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