Proeminência do Amar

Data 14/04/2007 18:44:33 | Tópico: Prosas Poéticas

(Ela)

-Ah moço,
Como gostaria de um dia poder amar e sorrir
Deixar o vento soprar e a chuva cair.
Ah como gostaria de tocar na tua mão
Ouvir tua doce voz e esquecer a solidão.
Como gostaria de ver o brilho de teus olhos
Ver a cor da tua pele, quente...
Como eu tanto queria sentir teu corpo
Junto ao meu, como por magia.

(Ele)

-Calma moça,
Não me seja de todo afecto
Pois a pele, mais parece manchada
E há-de ver marcas ao hermo da minha alma,
Pois ela(a alma) já não me é de toda amada.

(Ela)

-Trago a Paz comigo moço
O cheiro das flores,
Tua alma ficará branca
Longe de qualquer dor.

(Ele)

-Moça, cuido para que não pises…
Neste, ora jardim que é esmo..
Logo tuas promessas hão de ser passado
E cá não me cabe naquilo que dizes.

(Ela)

-Poderão nossos corpos nunca amar?
Poderei nunca sentir teu respirar?
Sei que na distância clamam-se
Pomessas que não se cumprem,
Mas nossas almas estarão juntas

(Ele)

-Moça, cá já tens meu refugar
Aquilo que me seria medo
Isso que leviana, chamas de amar

(Ela)

-Nosso futuro está preenchido
Imprime a vida a direcção,
Seguir á amar, por um amar em solidão

(Ele)

-Moça, parece que bem entendes o meu fado
E não quero que te sintas com eu
Com a alma tansa, e o ser machucado.
Mas vejo que bem entendes o meu pensar.
Sendo assim, daí-me um sorriso
E vamos de mãos juntas andar,
Mas de antemão lhe digo:
Ao final, depois de rirmos juntos
Daquilo que nós é facto,
Me esqueças, e não me peças para ficar.




<br />Dueto "Tália e Junior A."


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