O Vento (inédito)

Data 30/10/2008 17:36:17 | Tópico: Acrósticos

O vento hoje sopra
De uma forma mórbida
Parece uma ópera
Cheia de raiva e enfurecida


O seu ruído
Transmite medo
O povo agarra-se ao credo
Por ele se sente protegido

Mas a força descomunal
Destes sons inquietantes
Por vezes dilacerantes
Ao ouvido mais normal

É o vento da vida
A soprar com intensidade
Lembrando a partida
De mais uma liberdade

Protegem-se os bens
Por forma a garantir
Uma forma de subsistir
Arrecadam-se todos os vinténs

Mas o vento não cessa
Continua enfurecido
Parece que busca a presa
Há muto esquecido

Mas a vida continua
Por vezes entorpecida
Um tanto adormecida
Deambulando pela rua

Sem qualquer protecção
Mostrando a sua vulnerabilidade
Independentemente da idade
Da sua mão

A liberdade
Essa permanece escondida
Á espera da oportunidade
De ser bebida

(poema registado na " Maison des Auteurs"bruxelas)


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