Máquina humana

Data 30/10/2008 22:08:08 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Estou a pensar no passado,
No que aconteceu, no que previ,
No que sonhei, desperdício
Completo e absoluto de amor.

Sei que não fizeste por mal,
Mas fui brinquedo nas tuas mãos,
Sem sequer saberes.
Mas acabei por ganhar com isso.

Hoje penso duas vezes,
Medito sobre cada passo que dou,
Cada palavra que digo é
Túnel de uma só saída: o sucesso.

Sou calculistamente amoroso,
Friamente romântico,
Mecânicamente amigo!

Não funciono a moedas,
Não preciso de electricidade,
Mas sou, até aviso em contrário,
A máquina humana.

Preciso que ela me liberte do feitiço.


30 de Outubro de 2008



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