Tesouros escondidos

Data 03/11/2008 18:24:59 | Tópico: Poemas

Olho o vidro da janela,
A gota de chuva que se espreguiça
Em descendente.
Olho o sol, deitado na minha cama,
Em ascendente.
Lençóis de cio que me acariciam
Do cheiro salgado do teu corpo
Deitado de bruços.
O teu cabelo na almofada
Desmaiado sobre os ombros
A encimar garupa de fêmea
Que se estende até á borda
De duas colinas unidas.
Caixa de tesouro
De prazeres já revelados
A mim que te saboreio,
Sabor de jasmim,
A mim que te acaricio,
Pele de alabastro,
Sentires de erva dormideira
Que me adensa o encanto
E me perfuma de mil aloés.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=59397