“Angustiante demora” - Soneto

Data 04/11/2008 13:22:41 | Tópico: Sonetos

“Angustiante demora” - Soneto

Angustia-me a imensa falta de você.
Os dias são vãos, longas as madrugadas.
A noite amanhece sem nada acontecer.
Pra dar sentido às horas desperdiçadas.

Sem você o mundo é impiedoso e cruel.
Um precipício chama outro, desilusão.
Amor ressecado na boca, onde era mel.
Árida estiagem, em nossa plantação.

Sem você, as estrofes do poema sem sentido.
Vão qual cinza, à menor brisa, evadindo.
Sempre as vogais do teu nome repetindo.

Nos cantos da alma, restos do poema perdido.
Vaga meu sonho em escura e densa bruma.
E nas rimas do meu verso, imensa lacuna.

Glória Salles




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=59491