
O *pecimista enforcado em um sonho de amor impossível
Data 04/11/2008 14:54:25 | Tópico: Poemas -> Amor
| Engoli a melancolia de uma existência vomitada, A soma de distúrbios perdidos em espiral autofágica, Lembranças erguendo-se de trevas em memória de mártires, Um brilho evocado dos lábios frios materializando-se Assim que a escuridão é rompida pela manhã,silenciosamente.
O céu desabou a guisa de armadilha,mortalha, Fatalmente acreditei no paraíso exibido através dela, Uma confusão acertada em ilusão apaixonada, Quando a constatação de que o abraço jamais retornará, Novamente o bastardo cospe sua revolta, O brilho fugiu de meus olhos,ao dilúculo obscurecido um brinde sanguíneo pois viver não satisfaz mais nada.
Toda retórica consoladora e fácil Some no abismo infinito perdido em solidão Sem as elipses de cápsulas mágicas prozaquianas Onde estará então quem amo ? Ao contemplar o fulgor do tântalo ostentado displicente, O devaneio de uma corda dilacerando a vontade, Em sufocante cena de morte,um lençol que não move-se sustentado o suicida.
Apagado no espelho fechado, Contando as tragédias em montes de feridas Distante,algo desaparece atravessando a luz de outrora, Estou morrendo,silenciosamente, Para quem sabe despertar ao anoitecer de um sonho e descobrir que jamais houve uma chance para nós dois.
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