BATE LEVE, LEVEMENTE

Data 19/04/2007 17:55:12 | Tópico: Sonetos





Bate leve, levemente, à minha janela,
Um Açor ferido de morte; dirijo-me a ela,
Para socorrer o pobre coitado,
Que em meus braços cai desmaiado.

Que se passou – pergunto eu – depois
De reanimado? Foi um caçador e seus dois
Cães, que me deixaram neste estado;
Oh, pobre Açor, bicho desgraçado!

Trato dele com todo o cuidado e galhardia,
Mantenho-o comigo por alguns meses,
Até que ele saia dessa eterna letargia.

Hoje é um belo animal, como ninguém,
Só peço aos caçadores que são corteses,
Que o deixem ir à sua vida também.

Jorge Humberto
15/04/07



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=5985