Ínfimo espaço

Data 07/11/2008 15:14:02 | Tópico: Prosas Poéticas

Olho o teu rosto, vejo nele a suavidade da ternura, o brilho da alma que resplandece em teu peito. És mulher, envolta na sensualidade de um corpo que me enebria, mas, és muito mais que um perfil de curvas e pertuberâncias, és energia pura que nasce no centro do teu corpo e se expande por todo o Universo.

Sinto as ondas de prazer que emanas, as mensagens que teu corpo exala, descodifico o teu gracioso andar, leio na tua voz os pensamentos, e sei de olhos fechados cada milímetro do teu corpo. Sentes na boca o gosto da minha saliva, e dentro de ti o meu corpo, momento alado em que se perdem as almas em devaneios de prazer.

Colhes a minha energia, como fruto proibido, devoras a minha essência com teus lábios abertos, entrego-me e delicio-me com a tua boca em minha pele, bebo-te como cálice divino que de teu corpo escorre, matando-me a sede. Nossos corpos são o alimento da nossa alma, manjar que nos oferecemos em cada momento, instante de pura e doce loucura.

Não há dia nem noite, que comporte a imensidão deste oceano, não há tempo que sustente este pequeno e breve segundo em que harmonia atingimos o êxtase. Apenas esta imensa alma pode conter, em seu ínfimo espaço, tanto prazer.


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