
Devastação/Separação
Data 08/11/2008 22:41:48 | Tópico: Poemas -> Tristeza
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Parem de me perguntar como me sinto, Parem por favor! Sei que o fazem por instinto, Mas isso só aumenta minha dor. Será que não compreendem? Ou para muitos de vós isto ultrapassa-os muito além? Revejam-no comigo então, E aí sim o sentirão…
Imaginem viverem plenos momentos, Gratos, pelo que vos rodeia. Felizes, apesar de alguns contratempos. Sem invejar a sorte alheia. Sentindo a segurança num abraço, A certeza num apertar de duas mãos, Duas almas que se fundem ao mesmo compasso, Sentirem-se abençoados pelos céus! E de repente tudo isso vos é retirado, Arrancam-vos as vestes, Que vos cobriam de alegria. Trespassam-vos a alma, Arrebatando-vos os sonhos. E o sentimento que vos abrange, É o medo e o vazio. Nus, tépidos, evolvidos pelo frio. Sós, num lugar silencioso e sombrio, Sentem-se um sem-abrigo, Vulneráveis, em perigo… E o desespero que brota em vós, É tal…que elevais as mãos aos céus, Em busca de algum conforto, De uma réstia de esperança… A resposta às vossas preces, São apenas o silencio… E o vosso único conforto, É o calor das lágrimas quentes, Que escorrem pelas vossas faces, Tão salgadas que até dói… Aliviando um pouco o aperto insuportável, Que sentem na garganta e que não vos deixa respirar, E atenuando levemente o peso que o vosso coração sente, Choram sem cessar!
É assim que me sinto neste momento, E choro desesperadamente, Quase enlouqueço… Sei que tudo nesta vida tem um preço, Mas quão alto será o meu? O nosso?
Perdoa-me amor, porque menti, Tentei não sofrer, não chorar, Mas não consegui… Perdoa-me amor por tanto te querer, por tanto te amar!
Vânia B.
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