De repente...

Data 10/11/2008 18:49:01 | Tópico: Acrósticos

De repente quebrou-se o silêncio...
a razão de ser, profunda numa aparência ridícula, varrida de sonhos reais.
De repente o espectro das palavras..
espaços errantes
com caminhos a fugir
sem imagens... sem mitos
ventres rasgados...
indiferenças dilaceradas em ecos inacabados.
De repente fugiram corpos sem vida
ausências mitigantes em horas abandonadas,
em esperas inúteis sem nada a tocar...
sombras de noites enterradas em pés sonâmbulos..
amorfos de tanto gritar,
chorando sangue...chorando o longe.
Frio em asilos,
vazios de realidades instansponíveis em si...derramados em mim.
De repente o perto tornou-se o longe,
o dia a noite...
o amor tornou-se a morte...
a criança degredo.
De repente o branco tornou-se o negro...sem luz...sem terra...sem mar.

Eduarda


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